Espírito Santo
Quadrilha rouba 36 quilos de explosivos na Grande Vitória
Quadrilha invadiu pedreira na Grande Vitória e levou a carga; por melhores salários e condições de trabalho, policiais militares seguem parados
Fotos Públicas -
Em meio à crise de segurança pública no Estado do Espírito Santo, foram roubados 36 quilos de explosivos de uma pedreira na Grande Vitória na madrugada desta terça-feira (7), o que acendeu o alerta da Polícia Civil para possíveis casos de roubos a caixas eletrônicos na região. O material estava depositado em um galpão isolado em meio à pedreira. A perícia esteve no local nesta manhã.
Segundo um dos agentes, que pediu para não ser identificado, o número de ocorrências atendidas pela perícia nos últimos dias aumentou de forma exponencial, e o trabalho vem sendo dificultado pela ausência de policiais militares em serviço.
"A gente recebe chamados de possíveis homicídios, e nós mesmos temos que ir verificar se de fato ocorreu", afirmou.
Os agentes também acabam fazendo serviços de policiamento ostensivo. "Ontem (segunda), estávamos a caminho de uma perícia e prendemos seis pessoas no caminho, que estavam portando armas."
O movimento nas ruas de Vitória aumentou em relação à segunda-feira, mas ainda está longe de ser típico de um dia normal. Parte do comércio está fechado, e as aulas estão suspensas. Os ônibus urbanos não circulam.
Agentes da Força Nacional de Segurança começaram a chegar à capital capixaba no fim da madrugada. Soldados do Exército já patrulhavam a região na noite de segunda-feira. Na manhã desta terça, contudo, nenhum soldado ou agente patrulhando as ruas centrais de Vitória foi encontrado pela reportagem.
Integrantes da Força Nacional de Segurança começaram a chegar à Grande Vitória no fim da madrugada desta terça-feira, 7, horas depois de soldados do Exército irem às ruas para fazer patrulhamento ostensivo.
A presença dos militares devolveu um pouco da confiança dos moradores, que nesta manhã voltaram a circular pelas ruas da capital do Espírito Santo. A movimentação de pessoas nas ruas é maior do que aquela vista no fim da tarde de segunda-feira, 6. Algumas estabelecimentos voltaram a abrir as portas.
A paralisação da Polícia Militar, desde o fim de semanajá foi considerado ilegal pela Justiça, que determinou aplicação de multa diária de R$ 100 mil por descumprimento.
A categoria reivindica reajuste salarial e denuncia falta de pagamento de auxílio-alimentação, adicional noturno e por periculosidade, além de más condições da frota de veículos empregada no patrulhamento.
Familiares de PMs se posicionaram na frente de batalhões na Grande Vitória e em cidades do interior para impedir a saída dos PMs e de carros e protestar contra o governo - que não aceita negociar enquanto os PMs não voltarem a seus postos.
Diante disso, a sensação de insegurança é grande no Estado. O início do ano letivo, previsto para começar segunda-feira, foi adiado nas escolas públicas da capital Vitória. Unidades de saúde restringiram o atendimento.
Foi verificado aumento no número de crimes nos últimos dias, como homicídios e assaltos. Foram registrados saques e arrombamentos de lojas. Dois ônibus foram incendiados na noite de segunda-feira em Serra, região metropolitana. Cidades como Guarapari, Linhares, Aracruz e Colatina estão sem policiamento.
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